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O colombiano Hernán "El Bolillo" Gómez se demitiu da direção técnica da seleção de futebol do Equador, confirmou a Federação Equatoriana de Futebol. "Tenho que dar, em nome da FEF, uma informação que nunca gostaria de dar... tenho que comunicar ao país a renuncia do professor Hernán 'El Bolillo' Gómez", disse em uma coletiva de imprenssa convocada urgentemente pelo mesmo, presidente da FEF, Luis Chiriboga.
Acrescentou que boa parte da FEF tentou desde quarta passada, sem êxito, convencer a Gómez para que se mantivesse no cargo. Gómez, em sua dimissão, lida por Chiriboga, precisa que se separa "voluntaria e definitivamente da direção técnica do selecionado equatoriano de futebol, e que por convicção, aceitei dirigir".
"Creio haver cumprido meu ciclo a tão nobre causa. Somos filhos de resultados, chegamos como bons e saimos como maus", indicou em aparente alusão a péssima campanha realizada pelo Equador na Copa América, onde terminou sem pontos e foi goleado pela Argentina 6-1 na primeira partida.
Gómez declarou que prefere "dar um "paso al costado", para que flua livremente os destinos da seleção", e assegura que "por respeito aos meus jogadores, e ao povo equatoriano, não exercerei minha função em equipe ou seleção alguma (este ano), apesar das múltiplas ofertas que me fizeram". O estrategista que levou a equipe à sua primeira e única classificação à um Mundial, no Japão-Coreia 2002, assegurou que deixa a equipe com "as possibilidades de se chegar a Alemanha 2006 intactas". Disse que ao longo dos cinco anos a frente da equipe, fez dos jogadores equatorianos orgulhosos, "e apesar de minha nacionalidade, me senti equatoriano, o equatoriano mais orgulhoso de todos".
"Seguirei sendo defensor, onde seja que eu esteja, dos meus irmãos equatorianos... obrigado, pois sempre estarão em meu coração", sentencia a renuncia que fechou com em "sim se pode", frase símbolo da classificação para o Mundial. Chiriboga, visivelmente emocionado, disse após a leitura: "Nos doi sua renuncia, igual que deve estar doendo a todos os equatorianos".
Não foi dado o nome de um possível substituto do colombiano e disse que buscará até que "morra a última esperanza" de recuperar-lo. A demissão, segundo a imprenssa, responde a chuva de críticas contra Gómez que se acrecentaram logo após a desastrosa participação da equipe na última Copa América. O mesmo Gómez havia antecipado sua saida após a goleada argentina sobre seu time afirmando que "um marcador assim derruba a qualquer treinador", mesmo dizendo que a equipe demonstraria seu valor nas eliminatórias. Um mau pressentimento rondou a imprensa local após a urgente convocação à coletiva de imprensa pela FEF, que precisava que nesta "se analizará a situação do técnico da seleção do Equador", e se mostrava muito pessimista de seu próprio futuro na equipe.
A saída do técnico poderia desequilibrar a formação da seleção, pois o experimentado volante Alex Aguinaga havia advertido no Peru que "se (Gómez) for, nos vamos todos". Gómez é um personagem popular no país, filmou vários comerciais de televisão para algumas empresas de celulares e de alimentos, é reconhecido por impulsionar fé e o compromisso na seleção nacional.
Nas atuais eliminatórias mundialistas, o Equador não está mal, mesmo que já tendo sido melhor nas eliminatorias passadas, quando se classificou como segundo da América do Sul. Agora está ocupando o quinto lugar entre 10 equipes, e ainda falta um longo caminho por recorrer. Equador, dentro das eliminatórias, deverá enfrentar o Uruguai em Montevideo, dia 5 de Setembro.
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