Copa América
Sexta, 23 de julho de 2004, 16h59 
Brasil e Argentina - uma final atípica
 
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A Argentina, com 14 títulos sul-americanos, e os "pentacampeões" do mundo farão tremer o cimento do Nacional de Lima em um clássico continental entre um futebol que parece expressar o ritmo contagioso do samba e o "balompié" argentino, cuja beleza evoca os compasos provocativos do tango rioplatense.

Será a primeira vez em que as duas seleções se enfrentam em uma final de Copa América. A seleção brasileira pode contar com algumas de suas principais figuras contra a Argentina, que chegou a Lima com a sua força máxima, mas o certo é que o goleador Adriano já conquistou um lugar de primeira linha junto aos grande astros do futebol brasileiro.

O goleiro Julio César, que defendeu um penalti decisivo, pode estar ameaçando o lugar de Dida na seleção e o zagueiro Juan espera sair consagrado deste campeonato. Por outro lado, o bom desempenho que a seleção brasileira vem mostrando na Copa América e o excelente ambiente do grupo estimulam o otimismo da comissão técnica chegando ao ponto do coordenador técnico, Mario Zagallo, que está na seleção há pelo menos 50 anos, afirmar que em poucas vezes viu um clima tão harmónico entre os jogadores.

O jornal carioca "O Globo" entitula "Jogo dramático para final inédita" uma crónica na que ensalta ao goleador Adriano e ao porteiro Julio César, memsmo após seu erro no gol uruguaio. "O Estado de Sao Paulo" entitulou sobriamente "Brasil vence nos penaltis e chega à final", afirmando que os brasileiros "se aterrorizaram" ante a iniciativa mostrada desde o início pelo Uruguai e ficaram perdidos em campo, sem saber o que fazer. Talvez esse possa ser o caminho dos argentinos: tentar explorar a menor coesão da seleção brasileira e a menor experiência em ocasiões desta magnitude de alguns de seus jogadores.


 

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