Copa América
Quarta, 21 de julho de 2004, 10h47 
Adriano se converteu na figura da Copa
 
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Adriano se transformou em uma solução em vez de um problema na Copa América, isto para o técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira. Depois da atuação de gala do atacante da Inter de Milão domingo na goleada por 4-0 sobre o México, surge a pergunta: Parreira irá manter Adriano da formação titular uma vez que termine o torneio?

Por cima deste futebolista existem figuras intocáveis. Ronaldo e Ronaldinho pertenecem a elite do futebol, são astros na Espanha e campeões no Mundial de 2002.

Mas Parreira decidiu dar descanso aos titulares e levou para o Peru uma equipe de reservas e jovens valores. Adriano tem sido fundamental na campanha brasileira que já se encontra nas semifinais.

No domingo, o jogador marcou dois gols e fez a assistência para outro na vitória contra o México, que deixou a mesa servida para uma semifinal contra Uruguai hoje.

Adriano encabeça a lista de artilheiros com cinco gols. Alto e ágil, já está sendo comparado com Ronaldo, que foi também o artilheiro da Copa quando Brasil ganhou a Copa em 1999.

O atacante de 22 anos minimiza os paralelismos.

"Cada jogador tem sua própria história, e eu tenho muito trabalho por fazer", disse ele em uma entrevista feita na segunda-feira no portal interativo do Pelé na internet, pele.net. "Primeiro, tenho que correr para ajudar a equipe".

Adriano disse que se sentiu melhor no domingo em Piura, Perú, numa altitude mais baixa, do que no ar pouco oxigenado dos Andes, onde o Brasil jogou a primeira fase.

"A princípio não podíamos recuperar o fôlego", disse. "Aqui nos movemos com mais liberdade".

Mesmo assim, não nega sonhar em jogar na equipe "A" brasileira, que se reunirá quando recomeçarem, em Setembro, as eliminatórias para o Mundial de 2006.

"Creio que eu poderia jogar na equipe principal junto com Ronaldo, Ronaldinho e todos esses jogadores já consolidados", afirmou na semana passada.

As oportunidades de Adriano podem aumentar dependendo de como será seu desempenho contra o velho rival Uruguai, e em uma possível final contra a seu arquinimigo Argentina.

O trunfo de domingo foi especialmente satisfatório para o Brasil, que não derrotava o México desde 1999.

A imprensa esportiva brasileira, que criticou a seleção após ter perdido do Paraguai por 2-1, não tinha mais que elogios para a equipe, e em especial para Adriano.


 

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